Alex Sandro

“Hoje vamos falar de um filho de Catanduva, conhecido e admirado não só pelos brasileiros, mas pelo mundo afora. Alex Sandro Lobo Silva, o nosso Alex Sandro, um dos craques da nossa Seleção Brasileira”

Fotos: Revista Top

Autor: Dulcilei Marcello

Fonte: Revista top

O que você ainda não sabe sobre o Camisa 6 da Seleção Brasileira de Futebol

Hoje vamos falar de um filho de Catanduva, conhecido e admirado não só pelos brasileiros, mas pelo mundo afora. Alex Sandro Lobo Silva, o nosso Alex Sandro, um dos craques da nossa Seleção Brasileira de Futebol, com brilhante participação, como Lateral Esquerdo da Copa do Mundo 2022, no Catar. Atua hoje na Juventus, em Turim, na Itália, desde 2015.

Muito já foi divulgado sobre o craque, mas como na vida de todos nós, existem fatos importantes e curiosos no decorrer dos tempos – nunca divulgados pela imprensa nacional e internacional -. Vamos conhecer:

– O que você mais se recorda da sua infância em relação a sua família, amigos e nos primeiros contatos com a bola? Quem o levou para o futebol? Os primeiros ensinamentos técnicos que o levou a ser o profissional de hoje?

Minhas maiores recordações, sejam elas, familiares, de amigos ou os primeiros contatos com a bola, certamente que vem do bairro onde eu cresci, chamado Bom Pastor.

Foi onde meus pais conseguiram uma casa própria para a família, e ali tivemos vários momentos, e nesses momentos consegui crescer, aprender e tirar o melhor de mim. Eu não trocaria o lugar onde cresci e amigos que fiz por nenhum outro do mundo!

Bom pastor me deu vários amigos, muitos são meus melhores amigos até hoje… E com esses meus amigos, juntamente com meu irmão Flávio, comecei ter os primeiros contatos com o futebol, com o “futebol de rua”.

O futebol sempre foi presente dentro de casa. Meu pai sempre gostava de jogar aos domingos com os amigos, assim logo veio meu irmão, que também sempre gostou de futebol, e por fim eu. Os primeiros ensinamentos técnicos, como todos bons brasileiros são aprendidos na rua, isso é o que temos de diferencial! Porém logo que tive a idade de entrar na escolinha de futebol para treinar, comecei a seguir meu irmão, que lá já treinava. Na época se chamava CELT, com os treinadores José Antônio (Monstrinho) e Ivan (Canela). A partir desse momento comecei a entender e aprender os conceitos técnicos do futebol, e até hoje sou muito grato a eles.

– Como foi sair de casa na adolescência para um lugar desconhecido com tão pouca idade?

Sair de casa nunca é fácil, ainda mais quando se tem 15 anos. No entanto a vida já estava me preparando para tal momento, seja com os campeonatos que eu disputava e tinha que ficar alguns dias fora, ou em testes que eu tinha feito, por exemplo no Santos e no São Paulo, que fiquei fora de casa por mais de uma semana.

Mas quando chegou o grande dia de dizer para a minha família que eu já não moraria mais com eles, mas sim no Centro de Treinamento do Athletico Paranaense, foi uma mistura de medo com alegria.

– Vem sempre ao Brasil, especificamente a Catanduva? Como é conviver longe da família, dos amigos?

Sempre que posso vou para o Brasil, e óbvio que devo passar em Catanduva que é um lugar mágico pra mim.

No início não foi fácil estar longe dos amigos, principalmente da família.

No entanto o mundo do futebol pode te presentear com vários amigos, e eu tive a felicidade de fazer muitos amigos, que também se tornaram de algum modo uma família.

– Quando vem para Catanduva, o que mais gosta de fazer?

Quando estou em Catanduva o que eu mais gosto é de ficar com minha família e amigos.

– Como foi a sua mudança para a Europa? O clima, idioma, a comida, a convivência com outra cultura?

A mudança para a Europa foi empolgante, principalmente para um país que fala o mesmo idioma e tem muitas coisas parecidas com o Brasil, que é Portugal.

A mudança para Portugal foi muito positiva, a Cidade do Porto é maravilhosa. É um lugar que sempre gosto de visitar.

O clima não chega ser muito diferente do sul do Brasil, o inverno pode ser mais duradouro.

– Como e quando aconteceu sua primeira convocação para a Seleção Brasileira?

Minha primeira convocação para a equipe principal foi em 2011 em uma partida amistosa contra o Gabão. Foi um dos momentos mais eletrizantes da minha vida!

– Nas mudanças de clubes, como é o período de adaptação, conviver com atletas de outras nacionalidades?

Toda mudança é sempre uma nova aventura, que requer adaptação.

Quando acontece com jogadores mais novos, as vezes requer algum tempo a mais de adaptação, as vezes pelo idioma, clima e estilos diferentes de jogo.

– Quais os jogadores da sua geração que você considera diferenciados e que você gostou de jogar lado a lado?

Eu tive a felicidade de jogar com grandes jogadores da minha geração. Grandes nomes como: Neymar, Casemiro, Danilo, Lucas Moura, Oscar, Allan Marques, Alan Patrick (também catanduvense) e muitos outros.

– Qual o seu clube do coração?

Meus times do coração são aqueles que tive a felicidade de ter jogado até hoje, como Athletico Paranaense, Santos, Porto e Juventus.

Um fato importante que me deu a segurança e a tranquilidade de continuar a percorrer esse meu sonho, foi ter sempre o apoio da família. Obrigado mãe, obrigado pai, obrigado Tato, por todas as ligações no meio da madrugada, por todas caronas até a rodoviária, pelos sorrisos das chegadas e pelas lágrimas das partidas. São momentos que me fortalecem até hoje.

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